Deputada Lívia Duarte media diálogo com indígenas que ocupam a Seduc: "Exigem a presença da governadora Hana"

Lideranças indígenas ocuparam, na manhã desta terça-feira (14), o prédio-sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém, para exigir a presença da governadora em exercício, Hana Ghassan (MDB), em diálogo sobre a continuidade do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) e do SOME Indígena (SOMEI).

Foto: ponto de pauta

Foto: ponto de pauta

Lideranças indígenas ocuparam, na manhã desta terça-feira (14), o prédio-sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em Belém, para exigir a presença da governadora em exercício, Hana Ghassan (MDB), em diálogo sobre a continuidade do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) e do SOME Indígena (SOMEI). O movimento, composto por representantes de diversas etnias, busca garantir a permanência do modelo educacional nas aldeias, frente ao que consideram retrocessos promovidos pela atual gestão.

A deputada estadual Lívia Duarte (PSOL), que acompanha a manifestação e atua como mediadora, afirmou que a mobilização inicialmente cobrou a presença do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares. Porém, diante da ausência do titular da pasta, os manifestantes decidiram intensificar o protesto, declarando que só deixarão o local após a presença de Hana Ghassan. "Sem previsão de saída, com três dias, uma semana, um mês… só sai com a presença da vice-governadora", enfatizou a deputada.

Segundo Lívia Duarte, a principal reivindicação é a reversão de medidas que impactam diretamente o funcionamento do SOME e do SOMEI, como o corte de gratificações aos professores. "Quando o governo Helder retira gratificações dos professores e professoras, impede que o profissional do SOME e do SOMEI possa continuar indo às aldeias e realizando o seu trabalho de educação no campo”, explicou.

Os manifestantes pedem que o governo garanta o funcionamento integral do SOME e do SOMEI, além de defenderem a saída do secretário Rossieli Soares. Lívia destacou que os indígenas estão dispostos a permanecer na Seduc por tempo indeterminado e não aceitam delegações ou comissões para tratar do tema, exigindo o diálogo direto com a governadora em exercício. "Os parentes indígenas, os representantes das aldeias, os professores e professoras não querem que uma comissão reúna, porque são lideranças. A comissão está feita, está aqui, são vários povos. Queremos que o governo esteja aqui representado e recebendo as demandas", concluiu.

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