Belém CRIME

Caso Bruna Meireles: estudante morta por namorado policial militar em Belém choca a sociedade

O estado do veículo do policial, estacionado em frente ao Pronto Socorro, chamou atenção.

Por Universo Paraense

14/03/2025 às 14:46:43 - Atualizado há
A vítima foi encontrada sem vida dentro do carro de um policial militar, identificado como cabo Wladson Luan Monteiro Borges, principal suspeito do crime.

Os exames complementares, a perícia no local do crime e a necropsia, em conjunto com as investigações da Polícia Civil, devem esclarecer as circunstâncias da morte de Bruna Meireles Corrêa, de 32 anos, que ocorreu na noite de quarta-feira (12) no bairro do Umarizal, em Belém. A vítima foi encontrada sem vida dentro do carro de um policial militar, identificado como cabo Wladson Luan Monteiro Borges, principal suspeito do crime.

Bruna Meireles era estudante de Nutrição na Universidade da Amazônia (Unama) e residia em Belém há 10 anos. Natural de Colares, cidade localizada no nordeste do estado, ela morava com o pai e, na capital, vivia na casa de seu padrinho. Ela mantinha um relacionamento com o suspeito há cerca de um ano. Segundo relatos de familiares e amigos da vítima, ela estava sendo oprimida nesse relacionamento, a ponto de ter abandonado suas contas nas redes sociais para atender aos pedidos do acusado, isolando-se até de seus familiares.

A vítima foi encontrada morta dentro do carro de um policial militar, identificado como o cabo Wladson Luan Monteiro Borges, que é o principal suspeito do crime.
A vítima foi encontrada morta dentro do carro de um policial militar, identificado como o cabo Wladson Luan Monteiro Borges, que é o principal suspeito do crime.

O caso não foi registrado no Centro Integrado de Operações (CIOp), pois o suspeito levou Bruna ao Pronto Socorro Municipal da 14 de Março, alegando um disparo acidental. No local, ele se identificou como policial militar. Conforme o registro da ocorrência, por volta das 19h15, uma guarnição da Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) recebeu uma ligação do próprio cabo Wladson, informando que houve uma discussão com Bruna, sua namorada, seguida de um disparo que a atingiu. O policial ainda relatou que prestou socorro à vítima e a levou ao Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, onde Bruna foi declarada morta. Uma guarnição do 2º Batalhão esteve no local e acionou a Corregedoria da Polícia Militar. O comandante da Rotam foi informado imediatamente, e o suspeito foi encaminhado à Delegacia da Mulher, sendo autuado por feminicídio.

O estado do veículo do policial, estacionado em frente ao Pronto Socorro, chamou atenção. O carro apresentava diversas marcas de tiros, e o vidro do lado do passageiro estava quebrado, indicando que um dos disparos pode ter atingido a vítima no lado esquerdo da cabeça. Testemunhas afirmaram que Bruna já chegou sem vida ao hospital, levantando dúvidas sobre a versão do disparo acidental.

O corpo de Bruna Meireles foi liberado ao meio-dia de quinta-feira (13) no Instituto Médico Legal Renato Chaves e transportado para Colares, onde foi enterrado na manhã de sexta-feira (14), em um cemitério da comunidade.

Fonte: Diario do Pará
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